quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Te amo...


Há muito tempo atrás... fiz um pequeno poema e hoje vejo que ele está mais forte dentro de mim...

Te amo...
Não sei como isso foi acontecer... mas...
Te amo...
Foi me conquistando as poucos... e...
Te amo...
Me roubou a coisa mais preciosa... meu coração, por isso...
Te amo...
Um amor que não dar para explicar com palavras... apenas...
Te amo...
Um amor que dói... mesmo assim...
Te amo...
Não sei ate quando...
Te amo...
Simplesmente...
Te amo...


Que a luz te guie...

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Rifa-se um coração...


Rifa-se um coração quase novo.
Um coração idealista.
Um coração como poucos.
Um coração à moda antiga.
Um coração moleque que insiste em pregar peças no seu usuário.
Rifa-se um coração que na realidade está um pouco usado, meio calejado, muito machucado e que teima em alimentar sonhos e, cultivar ilusões.
Um pouco inconseqüente que nunca desiste de acreditar nas pessoas.
Um leviano e precipitado coração que acha que Tim Maia estava certo quando escreveu...  "...não quero dinheiro, eu quero amor sincero,
é isso que eu espero...".
Um idealista...Um verdadeiro sonhador...
Rifa-se um coração que nunca aprende.
Que não endurece, e mantém sempre viva a esperança de ser feliz, sendo simples e natural.
Um coração insensato que comanda o racional sendo louco o suficiente para se apaixonar.
Um furioso suicida que vive procurando relações e emoções verdadeiras.
Rifa-se um coração que insiste em cometer sempre os mesmos erros.
Esse coração que erra, briga, se expõe.
Perde o juízo por completo em nome de causas e paixões.
Sai do sério e, às vezes revê suas posições arrependido de palavras e gestos.
Este coração tantas vezes incompreendido.
Tantas vezes provocado.
Tantas vezes impulsivo.
Rifa-se este desequilibrado emocional que abre sorrisos tão largos que quase dá pra engolir as orelhas, mas que também arranca lágrimas e faz murchar o rosto.
Um coração para ser alugado, ou mesmo utilizado por quem gosta de emoções fortes.
Um órgão abestado indicado apenas para quem quer viver intensamente contra indicado para os que apenas pretendem passar pela vida matando o tempo, defendendo-se das emoções.
Rifa-se um coração tão inocente que se mostra sem armaduras e deixa louco o seu usuário.
Um coração que quando parar de bater ouvirá o seu usuário dizer para São Pedro na hora da prestação de contas:
"O Senhor pode conferir. Eu fiz tudo certo,só errei quando coloquei sentimento.
Só fiz bobagens e me dei mal quando ouvi este louco coração de criança que insiste em não endurecer e, se recusa a envelhecer" 
Rifa-se um coração, ou mesmo troca-se por outro que tenha um pouco mais de juízo.
Um órgão mais fiel ao seu usuário.
Um amigo do peito que não maltrate tanto o ser que o abriga.
Um coração que não seja tão inconseqüente.
Rifa-se um coração cego, surdo e mudo, mas que incomoda um bocado.
Um verdadeiro caçador de aventuras que ainda não foi adotado, provavelmente, por se recusar a cultivar ares selvagens ou racionais, por não querer perder o estilo.
Oferece-se um coração vadio, sem raça, sem pedigree.
Um simples coração humano.
Um impulsivo membro de comportamento até meio ultrapassado.
Um modelo cheio de defeitos que, mesmo estando fora do mercado, faz questão de não se modernizar, mas vez por outra, constrange o corpo que o domina.
Um velho coração que convence seu usuário a publicar seus segredos e a ter a petulância de se aventurar como poeta.

Ricardo Labatt

Como um Deus das artes... sempre apreciei poemas... e esse em especial hoje me fez pensar o quanto é bom tem algo batendo dentro de nós, mesmo ele um pouco calejado com experiências vividas, mesmo assim temos que agradecer, pois no dia em que ele parar... ai sim... a rifa vai acabar...


Que a luz te guie...

domingo, 19 de outubro de 2014

Os lobos dentro de nós...



Sempre que um Deus está com a cabeça cheia, sempre vamos a terra pensar um pouco e quem sabe aprender alguma coisa com os seres humanos. Alguns nos surpreendem com sua capacidade evolutiva. Um desses dias fui a região amazônica desfrutar das maravilhas que a natureza nos proporciona por lá... Foi quando conheci Endi um sábio indígena de uma tribo muito antiga... Fui acompanhando esse senhor alguns dias, sempre via vários índios indo conversar com ele e saiam mais esperançosos com suas palavras. Então eu pensei o que seria que ele falava que consegui ter esse poder de deixar a alma humana mais serene?

Um belo dia criei coragem e fui falar com ele, chegando não me identifiquei como o Deus Apolo e usei meu o nome de Coaraci... Cheguei perto dele e falei:
 – Pajé...
Sem abrir os olhos como se tivesse meditando ele fala:
– O que lhe afliges meu filho?
– Vim aqui tentar acalmar algo que está aqui dentro de mim – Respondi imediatamente.
– Os lobos? – Perguntou Endi sem pensar muito.
Fiquei sem entender sua pergunta e perguntei:
– Que lobos?
Continuando com os olhos fechados ele responde:
– Os 2 lobos que carregamos dentro de nós... e que vivem um brigando com o outro.
Achei que esses lobos deveriam ser alguma historia da aldeia, então perguntei mais uma vez para compreender melhor essa história.
– Que lobos são esses? Não estou compreendendo...
Foi quando ele começou a explicar:
– Todos temos uma guerra dentro de nós... são dois lobos que lutam para dominar a alma de cada ser... um desses lobos e nosso lado obscuro, a raiva, inveja, mentiras, orgulho o ego, entre outras características... já o outro é o lobo da luz, a esperança, fé, humildade, verdade, compaixão e o amor. Eles brigam diariamente para tomar o controle de sua alma.
Mesmo sem falar o que se passava aqui dentro de mim, era justamente isso que estava vindo procurar, como Deuses temos sentimentos bem variados dentro de nós, nos achamos que podemos tudo por ser Deuses e a ira e o amor sempre fica em disputa... Então perguntei:
– Então... Qual o lobo que vence essa guerra?
Sabiamente ele respondeu:
– Aquele que você alimentar mais...

Deste dia então comecei a refletir sobre as palavras do Pajé... Vi que nós Deuses temos mais em comum com os humanos do que pensávamos. Todos nós alimentamos em algum momento um desses lobos, essa é uma batalha que não tem vencedor... ou será que tem? Será que somos capazes de alimentar apenas o lobo da luz? Ou será que em alguns momentos devemos alimentar esse lobo obscuro? A cada dia em que vivemos estamos alimentando um lobo... e cabe a cada um sabe a dosagem certa de alimento para cada um... Acho difícil não alimentar o lobo obscuro, afinal assim como nós Deuses, a humanidade também têm seus defeitos... o que não podemos nunca é deixar de alimentar mais e com “comida” melhor o lobo da luz... e quem sabe fazer com que ele vença a guerra e assim chegaremos a evolução desejada...

Para finalizar esse história, voltando ao Pajé, quando ele abriu os olhos ele disse:
– Vá em paz e não se esqueça de dar um abraço em Jaci... sua irmã...
Jaci, para os indígenas é a Deusa da Lua.


Que a luz te guie...

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

A Fênix azul...


Muito de vocês devem conhecer a Fênix, uma ave que ao morrer entrava em combustão e de suas cinzas renascia uma nova Fênix, mas vou contar a história de uma ave bem mais rara a Fênix Azul...

No tempo em que Atlântida existia, a Fênix Azul existia em grande quantidade, mas com o desaparecimento da cidade nas aguas geladas do mar... apenas uma ave aparece a cada 300 anos, para que a lembrança dos Atlantes fique viva na memoria da humanidade... Sempre que uma ave aparece, Atlântida surge das águas por alguns segundos e volta a retornar ao fundo do mar logo depois.

Diferente da Fênix que vocês conhecem, a Fênix Azul e de uma beleza que seria ate difícil de descrever, mas vou tentar... Com penas azuladas e brancas, a forma como estão suas penas cria um reflexo que dar a impressão que a ave tem um brilho azulado... suas lágrimas ao tocar a pele de qualquer atlante trazia a cura de qualquer ferida do corpo e da alma.

Todas as duas aves têm como ensinamento, o renascimento, mas a Fênix Azul tem um significado mais espiritual... A ave quando está perto de morrer cria um ninho como se fosse uma pequena banheira... se coloca no meio e inicia um canto que a faz chorar... as lágrimas que caem, enche o ninho... a ave se deita na pequena poça de lágrimas e morre... uma grande luz surge e uma nova Fênix Azul ressurge mais forte e mais brilhante...

Essa é a lição que devemos tirar dessa ave... temos que ser forte para enfrentar os desafios da vida, mas temos que estar com a nossa alma limpa e fortalecida e só há uma forma disso ser feito... chorando... nossas lágrimas são uma forma do corpo dizer que sua alma estar sendo lavada... que tudo que de ruim que esta dentro de você tem que sair de alguma forma... e assim como a Fênix Azul... sempre que choramos renascemos mais fortes e limpos... por isso se tiver com vontade... chore... mas não esqueça nunca que depois você tem que levantar e abrir as asas para voar novamente...


Que a luz te guie...

sábado, 4 de outubro de 2014

O amor verdadeiro nunca morre...



Oi pessoal, sou Apolo mais conhecido como o Deus Grego filho de Zeus e da ninfa Leto e irmão gêmeo da Deusa Ártemis, conhecido também como o Deus do sol. Venho através desse diário relatar minhas aventuras quando ia visitar a terra. Para inicia, vou começar contando uma das historias que mais me marcou, e falar também sobre o que é ter um amor verdadeiro.

Essa história começa há muito tempo atrás... Um belo dia desci a terra para passear entre os campos, sai caminhando e pensando um pouco na vida, ao chegar a um lago, me deparo com aquela imagem, um homem de rara beleza, com um corpo que parecia ter sido esculpido pelos deuses, se banhando nu nas águas do lago, uma imagem que ficou guardada em minha memoria ate hoje.

Ao chegar perto o belo rapaz se assustou, mas logo fui dizendo que não queria machuca-lo. Ele se aproximou e perguntou quem eu era, respondi que era Apolo, ele se abaixou para me reverenciar e disse que não era necessário isso, que ele podia me tratar como outro qualquer.  Perguntei-lhe seu nome ele respondeu que era Jacinto, então me veio à lembrança, esse é o tão famoso Jacinto tão admirado pelos Deuses, não seria por menos sua beleza e seu jeito de ser eram encantadores. Conversamos um pouco e ele teve que ir, tinha que terminar seus afazeres.

Os dias foram se passando e sempre ia a terra olhar Jacinto, tinha dias que conversávamos, outros eu só ficava o observando, ate que um dia descobri que Jacinto também era cortejado por Zéfiro , o vento do oeste. No outro dia fui ao encontro de Jacinto no lago onde nos conhecemos, cheguei ate ele e perguntei se ele gostava de Zéfiro, sua resposta foi rápida, disse que Zéfiro para ele era apenas um amigo e que seu coração já tinha dono, Jacinto se aproxima e me dá um beijo. Senti uma sensação nunca descrita antes, aquele beijo parecia que corria pelo meu corpo, pela primeira vez pude sentir o que era um amor verdadeiro, um sentimento difícil de explicar, mas tão fácil de sentir, nunca pensei que a humanidade fosse capaz de sentir uma coisa tão maravilhosa que até os Deuses se rendiam a esse sentimento tão puro. Foi assim que me descobri apaixonado por um mortal.

Mas as coisas não ocorreram muito bem, nosso relacionamento correu ate os ouvidos de Zéfiro, que ficou furioso por Jacinto ter escolhido a mim como seu parceiro. Então um pelo dia estava eu e Jacinto a beira do lago jogando com discos, com seu corpo viril, Jacinto era um ótimo esportista. Lancei o disco para que ele pudesse correr e pegá-lo. Não podia imaginar que escondido por entre as árvores Zéfiro nos observava e aproveitou a oportunidade para lançar um vento no disco, que mudou de direção acertando a cabeça de Jacinto, que cai sangrando ao chão. Corri em sua direção e o peguei nos braços, mas o ferimento foi fatal. Vi a vida de Jacinto ir embora nos meus braços, uma dor que ate para um Deus e difícil de suportar, mas me sentindo culpado por tudo aquilo e querendo de alguma forma eternizar esse meu amor, comecei a cantar um canção e quando o sangue do meu amado tocou ao chão, uma linda flor roxa brotou do chão e assim a cada primavera essa flor vai renascer e fazer com que esse amor não morra...

Hoje vejo um ser humano preocupado com coisas materiais, dinheiro, sexo e onde está o Amor? Esse sentimento invejado ate por nós deuses, esse sim deveria ser um sentimento que nunca deveria morrer por isso toda vez que olhares para essa flor chamada de Jacinto, lembre-se da essência do amor... E que mesmo um amor desfeito por alguma razão, sempre se apegue as boas lembranças e dos momentos felizes, pois se você teve ou tem esse sentimento dentro de você por alguém, fique feliz, você e diferente dos demais, isso mostra que você não perdeu sua humanidade...

Que a luz te guie...